sábado, 23 de julho de 2011

Fibromialgia e hiperatividade simpática

Fibromialgia e hiperatividade autonômica simpática foram correlacionadas pelo Dr. Manuel Martínez-Lenvín, médico Chefe do Departamento de Reumatologia do Instituto Nacional de Cardiologia Ignácio Chávez, da Cidade do México, em 2001.

Pontos dolorosos na fibromialgia
Ele descreveu que "a fibromialgia e a distrofia simpático reflexa possuem características comuns como a dor crônica e a alodinia, assim como outras importantes características clínicas, como surgimento após um trauma, predominância feminina, parestesia, instabilidade vasomotora, resposta ao bloqueio simpático e ansiedade/depressão."

O Dr. Martínez-Lenvín propôs ainda que "a fibromialgia é uma síndrome dolorosa simpaticamente mantida, na qual a manutenção da hiperatividade simpática sensibiliza os nociceptores primários e induz a ampliação da dor e da alodínia.

É importante ressaltar que a fibromialgia é uma síndrome que produz um grande desconforto ao paciente e é de difícil controle. Normalmente os pacientes estão sob forte ação farmacológica e a melhora é muitas vezes tímida. A TN, com sua proposta de reequilibrar os desequilíbrios neurovegetativos é uma das mais promissoras ações terapêuticas, junto à liberação miofascial e controle dos trigger points. Mais do que apenas oferefer condutas paliativas, é tratar a causa e os mecanismos disparadores. Sua ação sobre a modulação autonômica é ímpar.

Leitura sugerida: Martínez-Lenvín, M. Is fibromyalgia a generalized sympathetic dystrophy? Clinical and Experimental Rheumatology, 2001; 19:1-3

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Quais são as principais indicações da Fisioterapia Neural?

As disfunções que cursam com dores musculoesqueléticas, tais como epicondilites, tendinites, miosites, neuralgias, fibromialgia, hérnias discais, cefaléias cervicogênicas, dentre outras, possuem em comum componentes neurovegetativos com repercussões locais e à distância, em função das inúmeras interconexões neurais presentes no corpo humano.

Os desequilíbrios neurovegetativos, ou seja, hiper ou hipoatividade simpática, parasimpática ou visceral, isoladas ou combinadamente, produzem alterações circulatórias regionais e/ou sistêmicas, alterações da condução neural, levando ao desencadeamento e/ou agravamento de condições hipertônicas, hipersensibilidade e algias.

Muitas vezes, apesar do uso de fármacos potentes analgésicos, AINHs, antidepressivos e outros, não há alívio de sintomas. Diversos autores como descrevem que a Terapia Neural produz efeitos diretos sobre a circulação e inervação autônoma, favorecendo a absorção e a ação destes fármacos.