Em primeiro lugar, a equipe é multiprofissional por conter vários profissionais, e não multidisciplinar, porque não envolve várias disciplinas.
Sempre defendí o trabalho individual em bases de autonomia profissional, mas sem deixar de advogar em favor da equipe multiprofissional.
Trabalhar em equipe, na minha concepção, é quando todos os profissionais conhecem seu papel e respeitam o papel do outro. Na prática, não é o que vemos acontecer sempre. Os arroubos corporativistas muitas vezes tentam colocar um único profissional como o líder, chefe ou diretor da equipe. Tal modelo verticalizado falece na sua essência e justificativa social.
Os profissionais de saúde somos elos de uma rede ou corrente, que possuimos reconhecimento do Estado Brasileiro. Fisioterapeutas, médicos, enfermeiros, dentistas e os demais colegas precisamos de forma inegociável respeitar os princípios profissionais dos outros, sem o medo de que o outro vá assumnir o seu papel. Isto seria uma demonstração absoluta de insegurança, imaturidade e até de despreparo profissional. O modelo moderno é horizontal, onde cada elemento desenvolve sua ação de forma integrada.
No âmbito da Terapia Neural há espaço para o conjunto de profissionais de saúde regulamentados no Brasil. A ação "da ferrmaneta" não caracteriza ato profissional específico, mas o seu uso. No caso do fisioterapeuta, este profissional atende às demandas de saúde funcional da população; o dentista, as de saúde bucal, e assim sucessivamente. De forma integrada, repito.
Os arroubos corporativistas que impedem uma maior harmonia entre os profissionais de sáude são a princípio impeditivos de uma boa assistência aos pacientes/clientes.
Propugno que os profissionais efetivamente trabalhem em equipe para que possam exercer sua melhor ciência e arte para o bem social comum, sem rusgas corporativistas. Isso pode contribuir para melhorar a saúde no nosso país.